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Governo pressiona setor de apostas por aumento de impostos enquanto bancos endurecem controle

O setor de apostas esportivas no Brasil vive um momento de expansão e tensão ao mesmo tempo. Mesmo com o governo já tendo arrecadado mais de R$ 6 bilhões em tributos desde o início da regulamentação, a discussão sobre o aumento da carga tributária continua em pauta. Enquanto isso, os bancos intensificam o monitoramento de movimentações suspeitas ligadas a plataformas ilegais.

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as instituições financeiras vão reforçar os controles para impedir que sites não licenciados utilizem o sistema bancário nacional. A ação é apoiada pelo Banco Central e pelo Ministério da Fazenda, que vêm adotando medidas para bloquear contas e transações de empresas irregulares.

Apesar do avanço da fiscalização, o mercado clandestino ainda representa cerca de 40% do total de apostas feitas no país. Especialistas apontam que essa parcela ilegal movimenta mais dinheiro que as casas de apostas regularizadas e prejudica tanto a arrecadação quanto a segurança dos jogadores.

O consultor jurídico Bernardo Cavalcanti Freire destaca que o combate às plataformas irregulares é fundamental: “Sem regras e sem recolhimento de impostos, os apostadores ficam expostos a golpes e perda de dados pessoais”. Segundo ele, medidas como o bloqueio de sites e a restrição de pagamentos são essenciais para fortalecer a confiança no mercado.

O cenário também reacende o debate político. O governo federal discute elevar a alíquota atual de 12% sobre o faturamento das empresas para até 24%, proposta que enfrenta resistência de parte do Congresso e de representantes do setor, que alertam para o risco de fuga de operadores legalizados e fortalecimento do mercado paralelo.

Entre arrecadação, regulação e competitividade, o país tenta equilibrar os interesses públicos e privados para consolidar um mercado de apostas sustentável e seguro.